sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Discutindo sobre a discriminação racial

Discutindo sobre a discriminação racial

O filme “Vista a minha pele” e os vídeos da campanha “Diálogos contra o racismo” foram utilizados nas turmas do 1° C e 2° B para discutirmos sobre a amplitude das manifestações racistas e discriminatórias presentes no nosso cotidiano.
Para dar início ao trabalho, foi realizada com as turmas uma enquete para levantar dados acerca do racismo no contexto em que vivemos, já que, segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo , grande parte dos brasileiros - 87% - admite que há discriminação racial no país, mas apenas 4% da população se considera racista. Assim, o intuito da realização dessa enquete foi justamente o de verificar se esses dados refletem a nossa realidade.
Esse trabalho foi realizado de forma conjunta entre as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, que fez o levantamento dos dados com os alunos e a construção dos gráficos.
A seguir estão as perguntas e os resultados do questionário aplicado para 32 alunos do 2°B, turno vespertino.
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1. Você acha que existe racismo no Brasil?
( 96,9%) sim ( 3,1% ) não ( XX) não sei
2. Você é racista?
(3,1%) sim (62,5%) não (34,4%) não sei
3. Imagine uma pessoa importante, linda, culta e elegante. Qual a cor a pele dessa pessoa?
(21,0%) branca (3,1%) preta (75%) parda
4. Você fica sem graça quando vê alguém se referindo a um negro com desprezo?
(96,9%) sim (3,1%) não
5. Os negros sabem aproveitar as chances que têm para melhorar de vida?
(28,1%) sim (71,9%) não
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Com os resultados em mãos, deu-se a exposição dos spots da campanha “Onde você guarda o seu racismo” e do filme “Vista a minha pele”. O passo seguinte foi a realização de uma discussão em sala para análise dos dados obtidos com a pesquisa e sobre o racismo. Como atividade de conclusão do trabalho, os alunos produziram textos onde fizeram reflexões acerca da temática. Alguns desses textos estão transcritos abaixo:
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O preconceito racial
O preconceito racial é um grande problema que não só o Brasil enfrenta, mas também outros países.
Quem mais sofre com esse preconceito é a população negra, pois muitas vezes os negros são excluídos da sociedade, por exemplo, muitos não conseguem um bom emprego por sua pele ser negra, também são rejeitados, não são aceitos em algumas escolas e às vezes são confundidos com bandidos. Tudo isso faz com que essas pessoas sintam-se humilhadas, pois são tratadas como se não existissem, como uma coisa inferior. É algo desagradável um pessoa ter sua própria casa, uma vida estável e ser chamada de empregada, o que acontece com muitas pessoas negras.
É preciso acabar com o preconceito racial, um problema da sociedade, já que todos têm o direito de ser livre para fazer o que bem quiser.
O negro também participou da formação do nosso povo, trazendo consigo sua cultura, suas crenças, sua culinária, seu artesanato, enriquecendo assim a cultura brasileira.
Será que nem com toda essa contribuição do negro na sociedade, um dia ele terão seus direitos respeitados?
Sinelma Silva
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Vista a minha pele - O FILME

"VISTA A MINHA PELE" é uma divertida paródia da realidade brasileira, para servir de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala-de-aula. Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados.
Maria é uma menina branca pobre que estuda num colégio particular graças à bolsa-de-estudos que tem pelo fato de sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostiliza, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade. Maria quer ser "Miss Festa Junina" da escola, mas isso requer um esforço enorme, que vai desde a predominância da supremacia racial negra (a mídia só apresenta modelos negros como sinônimos de beleza), a resistência de seus pais, a aversão dos colegas e a dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série de aventuras para alcançar seus objetivos. Vencer ou não o Concurso não é o principal foco do vídeo, mas sim a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela descobre que, quanto mais confia em si mesma, mais possibilidades ela tinha de convencer outros de sua chance de vencer. "VISTA A MINHA PELE" pretende colaborar com a discussão sobre discriminação no Brasil através de um produto atraente, com linguagem ágil e atores conhecidos do público alvo - adolescentes na faixa de 12 a 16 anos. O vídeo foi distribuído para 2.000 escolas públicas do país, acompanhado de uma apostila de orientação ao professor para sua utilização em sala-de-aula, elaborada por educadores e psicólogos.


FICHA TÉCNICA

Vídeo: Vista a Minha Pele
Categoria: vídeo ficcional-educativo
Duração: 15 minutos
Roteiro: Joel Zito Araújo & Dandara
Ano de Produção: 2004
Entidade produtora: CEERT - Centro de Estudos e Relações de Trabalho e Desigualdades. http://www.cert.org.br/

Oscar Henrique Cardoso, ACS/FCP/MinC

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Campanha "Onde você guarda o seu racismo?"



SOBRE A CAMPANHA:


A campanha Onde você guarda o seu racismo foi lançada em dezembro de 2004. A campanha é fruto da iniciativa de mais de 40 organizações da sociedade civil, iniciada em 2001 (Diálogos Contra o Racismo) para promoção de uma ampla mobilização anti racista que envolva todos os setores da sociedade. A campanha teve como suporte uma pesquisa que mostrou que 87% dos(as) brasileiros(as) acreditam na existência do racismo, mas somente 4% se dizem racistas. Devido a essa constatação a campanha foi lançada com a pergunta: Onde você guarda o seu racismo?, que parte do princípio de que o racismo está presente na cultura da sociedade brasileira, atinge a todas as pessoas e se revela no cotidiano.

Afinal, há racismo sem racistas?

Seu objetivo é estimular o diálogo, a troca de idéias, incentivar mudanças de pensamentos, hábitos e atitudes além de estimular o sentimento coletivo de compromisso com a igualdade. O caminho? Revelar o perfil do preconceito e da desigualdade racial no Brasil, demonstrando e discutindo as várias formas de guardar o racismo, provando que todas elas são nocivas, destrutivas e contagiosas.

Como funciona a campanha?

A campanha pretende estimular a realização de inúmeros ‘diálogos sobre o racismo’ nas famílias, condomínios, locais de trabalho, escolas, rodas de amigos e amigas. Para apoiar e incentivar essa mobilização, a campanha funciona por meio de articulações e redes de organizações, instituições e movimentos em todo o país.
O preconceito racial existe e faz mal para todas as pessoas, não só aos negros, mas a toda a sociedade. Além de reprovável sob qualquer ponto de vista, dificulta a superação de graves distorções sociais. Relatório lançado em 2005, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mostra que 64% da população de baixa renda no Brasil é composta por pessoas negras, aproximadamente 25 milhões de indivíduos. Podemos ver que a pobreza no Brasil tem cor. Quase 80% de jovens assassinados(as), entre 16 e 24 anos, são homens negros. E uma mulher negra ganha quatro vezes menos do que um homem branco.
O racismo é um obstáculo para a consolidação de uma sociedade mais justa e democrática, na qual todas as pessoas sejam realmente cidadãs.


Onde você guarda o seu racismo?
Não guarde, jogue fora!

Assista aos vídeos da Campanha!




Olimpíada Cultural do CEFJB

Para comemorar o dia do estudante de uma forma dinâmica e que promovesse a interação entre as turmas , foi realizada no dia 12 de agosto a Olimpíada Cultural com nossos educandos. Nesse dia foram desenvolvidas atividades como jogos de baleado, criação e contação de histórias, palavras cruzadas, criação de histórias em quadrinho e charges, dentre outras. A seguir estão registrados alguns momentos dessa Olimpíada na nossa Escola.










Depoimentos dos alunos:

"Aquele dia para nós aqui no Filinto foi uma surpresa, porque a gente não sabia que aconteceria essa homenagem para nós, estudantes..." (Flávio, Renata e Rafael - 1° C)

"O evento em comemoração ao dia do estudante foi uma atração total e muito marcante em minha vida. Foi tão especial que nunca esquecerei. Estava muito divertido, pois teve a participação dos alunos, professores e direção do Filinto. A minha decepção nesse dia foi só pela nossa derrota, pois a turma do 1° B e C não conseguiu a vitória nas competições. Mas não tem problema! Mesmo assim eu continuo lutando com toda garra e força de vontade, pois a vida é composta por vitórias e derrotas, porém nunca poderemos desistir de lutar. Quero muito agradecer a todos!" (Maria Cleide Souza Mendes)

"Essa Olimpíada foi muito boa porque todas as turmas do 1° ao 3° ano se enfrentaram. Para mim foi muito divertido porque nós brincamos de baleado, cruzadinhas e outras coisas mais. Cada professor ficou com uma turma. Para mim comemoramos o dia do Estudante com chave de ouro. No final teve um maravilhoso lanche para os alunos." ( Uelton Mendes)

"Eu achei que a Gincana estava muito boa e espero que todo ano esteja sempre assim, animado, divertido e cheio de coisas novas. Eu adorei os jogos, principalmente o baleado; o carinho dos professores com os alunos. Espero que repita isso no próximo ano." (Josana Lisboa)

"Essa Olimpíada teve um objetivo muito importante para todos do Colégio Estadual Filinto Justiniano Bastos, que foi o de despertar o espírito esportivo e participativo de todos os alunos..." (Jânio Rodrigues e Ernande Conceição)

"Foi um dia de surpresas para nós. Nós gostamos muito e esperamos que o ano que vem seja igual ou melhor ainda." (Vanderli Alves, Viviane Mendes e Tamires Oliveira)

"Além de aprender, foi bom também pelo motivo das provas serem em equipe. Isso é muito bom para saber associar as nossas idéias com as idéias dos outros." (Fernanda Silva e Juliana Oliveira)

"O dia da Olimpíada foi um dia legal, pois saímos da sala para nos divertirmos no pátio do Colégio, a fim de ganhar. Mas não conseguimos e também não desistimos. Quem sabe se na próxima não daremos o troco? Porém, o mais legal de tudo foi ter juntado com o 1° B e ter a professora Michele como nossa representante. Só faltou mais interesse dos competidores. Perder faz parte da nossa vida!" (Militino de Souza)

"...gostaríamos que tivesse brincadeiras que exigissem percorrer a cidade, como a caça ao tesouro..." (Irineu dos Santos e Inês Pires)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Aprendendo valores éticos (Respeito)

Este ano o projeto que está sendo desenvolvido pelo CEFJB tem como tema "A VIDA EM QUESTÃO". Assim, a disciplina de Filosofia ficou encarregada de trabalhar com os valores éticos, morais e religiosos.
A turma do 1°C, sob a orientação da professora Laiza Brandão Miranda, fez a leitura de textos reflexivos e discutiu sobre o RESPEITO. Como produto final, a turma produziu frases sobre a temática, que foram selecionadas e estão listadas abaixo:

Se deseja respeito, respeite! Se escolhe não respeitar, também não será respeitado. Então, respeite e assim será respeitado.
(Juliana Oliveira e Fernanda de Oliveira)
Respeito, uma atitude valiosa.
(Militino Neto e Jaciara Mendes)
Respeito, algo indispensável para a paz e a existência da humanidade.
(Vagner Ângelo e Jefferson de Jesus)
É triste não ser respeitado, mas, acredite, é pior não saber respeitar.
(Renata Lina e Ernande Conceição)
Respeitar é a arte de ser respeitado.
(Jânio Rodrigues)
Preserve o respeito às diferenças e às igualdades. Seja você mesmo, com toda a sua humanidade.
(Tamires Mendes e Fernando da Silva)
Respeito significa amar o próximo, ajudar sempre, dar apoio e entender o lado do outro, respeitando os limites da vida.
(Erasmo Alves)
Respeitar os outros é ter respeito por si próprio.
(Tatiane Mendes e Uedson Santos)